quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Mas depois...

...porque sempre volto pra casa atrás de respostas pra tudo, pensei o seguinte. Que é crueldade sim, senhora. Você gostar de alguém e só. Você se sentar na frente, sorrindo, sem dizer nada, sorrindo, na frente, e gostar. Como se dissesse: eu, daqui de onde não preciso de nada além de ser alegrado e dar a mim mesmo esses momentos de ternura e arrepios e capacidades. Gosto de você. Vá, continue passando as mãos pelo cabelo, olhe pra baixo não dando conta dessas lantejoulas todas que tenho para abrilhantar seus estados. Vá, marionete do que planejei pra essa tarde. Eu gosto de você. Eu posso sentir isso. Então, por favor, não estrague e capriche e dê valor. Porque não é sempre e quase nunca. Então, por favor, olha só, eu g.o.s.t.o de você. Tem noção do tamanho dessa plateia para cada sua pequenice? Vamos. Seja."

Tati Bernardi

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